caos em rio largo
"Prefeito precisa demitir GG antes que seja tarde demais", diz jornalista
Segundo Célio Gomes, Gilberto Gonçalves tem causado transtornos dentro da nova administração
O que ocorre em Rio Largo desde janeiro é considerado por analistas um episódio inédito na política alagoana, conforme aponta o Blog do Célio Gomes. O novo prefeito, Carlos Gonçalves, não estaria conseguindo governar devido à interferência de seu antecessor, Gilberto Gonçalves, que age como se ainda fosse o chefe do município, desconsiderando sua condição de ex-prefeito.
Segundo Célio Gomes, o cenário é ainda mais estranho: GG, como é conhecido o ex-prefeito, ocupa uma secretaria na gestão de Carlos Gonçalves. O motivo dessa parceria remonta à decisão monocrática do ex-prefeito, que influenciou a candidatura de Carlos. "O sobrenome Gonçalves do atual gestor é fake. Foi uma invenção dos dois para influenciar, digamos assim, 'o psicológico' do eleitorado", escreve o jornalista. Contudo, depois das eleições, a relação se deteriorou rapidamente.
No papel de secretário, GG agiria como se fosse o verdadeiro prefeito, realizando visitas a obras, exigindo ações de outros membros do secretariado e dando ordens sem qualquer explicação. A situação ganha contornos com a denúncia de Carlos Gonçalves sobre uma "renúncia forjada". O prefeito afirmou que advogados tentaram registrar seu pedido de renúncia nos cartórios de Rio Largo e Porto Calvo, com sua assinatura falsificada.
Ele já encaminhou o caso ao Ministério Público Estadual e aguarda uma investigação que resolva a questão. O prefeito relatou os fatos ao procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, e defendeu que a investigação sobre o caso seja conduzida com rigor. Se nada for feito, o temor é de que GG continue avançando com seus planos, agindo com a fúria de quem não tem controle. "Se nada for feito, GG vai avançar em seu projeto com a fúria dos bandoleiros incontroláveis", adverte o jornalista.
E Célio Gomes finaliza o texto em seu blog com uma reflexão: "Uma pergunta que não pode deixar de ser feita: o que o prefeito Carlos Gonçalves está esperando para demitir seu secretário e ex-padrinho político? "Aguentar a afronta de um 'chefe' que deveria ser um subordinado é patético. Mais grave: escancara o medo de assumir o papel que lhe foi delegado pelo voto popular".